sábado, 5 de fevereiro de 2011

Enchendo linguiça?

A  poupança é o investimento mais tradicional, o preferido pelo brasileiro. Existem algumas explicações para o fato. Não tem burocracia, é livre de impostos até certo limite, é seguro, e pode-se sacar a qualquer momento para uma eventualidade.

Enfim, a velha caderneta de poupança é o investimento predileto do pequeno poupador, ou das pequenas poupanças. Do assalariado, do micro e pequeno empresários, e mesmo daqueles que têm mais recursos e preferem pulverizar uma certa bolada em bolos menores com rendimentos seguros. É assim.

E vai continuar assim. Mas como a economia é uma realidade complexa, nela cohabitam outras tendências. Entre elas, tão antiga e tradicional como andar pra frente, está o investimento em imóveis.

O brasileiro sempre investiu em imóvel, tradicionalmente. Nos últimos tempos, o que observamos é um grande incremento proporcionado pela queda do juro no financiamento habitacional e pela perspectiva de crescimento econômico sustentável. Era previsível, e felizmente vem se confirmando como realidade.

Cada vez mais a demanda pelo imóvel vem crescendo como a realização de uma poupança forçada. É aquela historia muito batida, mas sempre real: sem dívidas, sem compromissos, sem o que pagar no final do mês o dinheiro vira fumaça, ou como cantou o poeta, "...dinheiro na mão é vendaval..." Assim, muita gente tem apertado ligeiramente o cinto e comprado imóveis com financiamento ou mesmo parcelando o saldo direto com o construtor. Os números são dos sindicatos da construção civil, país a fora.

Inegavelmente esse tipo de aquisição de imóveis é uma espécie de poupança. E tem algumas vantagens sobre a velha caderneta e outras formas de investimento. Vamos a elas. 

Em primeiro lugar está a segurança. O imóvel pago, escriturado e registrado é seu. Ninguém toma. A valorização é contínua e sem risco.

Como já dissemos, é poupança forçada mesmo. Deixou de pagar a parcela, perde-se o imóvel, o que nos obriga a honrar o investimento todos os meses. Não tem aquela historia do deixa pra depois...

Ainda do ponto de vista da segurança, para o futuro, é a aposentadoria mais sólida que se pode fazer. Quem vive de renda de aluguéis pode sofrer um pouco com a inadimplência dos inquilinos, mas nunca perde o patrimônio, como na bolsa, no Dolar, etc.

Por fim, você pode usufruir daquele imóvel desocupado, na praia por exemplo. Pode aproveitar as férias ou dar apenas aquela esticada no feriado ou fim de semana... Já soube de alguém descansando e aproveitando o verão na bolsa de valores, ou no banco? Eu também não.

Agora, se você chegou até aqui na leitura e acha que estou apenas enchendo linguiça, tenho duas considerações finais a fazer.

Primeira: para encher literalmente linguiça é preciso um teto, um imóvel para armazenar e temperar a carne, beneficiar a tripa e encher linguiça de verdade.

Segunda: se estou aqui "enchendo linguiça" metaforicamente, é porque o mercado imobiliário me deu essa condição, fornecendo-me a renda e o tempo livre para escrever essas linhas, recomendando um dos investimentos mais antigos e sábios da historia.

Um grande abraço,


Marco Dias  

Fonte: http://blogatuante.blogspot.com







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