A. Pinheiro - colaborador
Faz bem pouco tempo notícias davam conta de que grandes construtoras de São Paulo estavam entrando no Paraná, a começar por Curitiba. Algumas gigantes de lá fundiram-se com algumas grandes de cá.
Por esses dias a mídia repercutiu a chegada de grandes imobiliárias paulistas em nossa capital.
Por certo, notícias assim podem estar tirando o sono de alguns, preocupados com mais concorrência. Mas o fato é que trata-se de uma tendência absolutamente normal, uma consequência do desenvolvimento econômico.
De um lado, é sabida a relativa saturação de megalópoles como São Paulo e Rio, onde o preço médio dos terrenos para grandes investimentos, confrontados com os custos da construção, a renda do comprador e seu potencial de endividamento, pressiona cada vez mais o nível de retorno da indústria da construção civil.
De outro lado, o crescimento econômico e demográfico de Curitiba, principalmente, resultando no incremento da construção civil e nos negócios do ramo imobiliário, atraiu para cá grandes empresas e investimentos crescentes.
É antigo na ciência econômica o conhecimento de que diferentes ramos de negócio tendem sempre para um nivelamento de seus respectivos índices de lucratividade, uma vez que o capital flui de um para outro à procura de melhores oportunidades de retorno lucrativo, acabando por equipará-los com determinada periodicidade. O mesmo ocorre entre diferentes ramos da indústria e entre diferentes regiões.
O que estamos vivenciando no Paraná é justamente esse fluir do capital, uma migração de investimentos da indústria da construção civil à procura de melhores oportunidades de investimento.
Parte do resultado dai decorrente, já estamos vendo com clareza: um grande aumento nos investimentos de capital em toda a cadeia de atividades do setor imobiliário e uma onda de valorização dos imóveis.
Não demorará muito ficará nítido um segundo momento, no qual viveremos o desenvolvimento de uma concorrência mais qualificada e o crescimento da demanda por uma diversidade de profissionais de nível crescentemente especializado, que teremos de formar e alocar ao nosso mercado.
Não há que temer, mas trabalhar e se preparar. A historia da economia mundial foi e continua a ser escrita por ondas de prosperidade, com intensidade e duração diferentes, aumentando produção, emprego, lucro e renda.
O desafio está lançado, e não temos como fugir a ele. Precisamos nos posicionar e dar braçadas firmes para subir na onda e ficar de pé. Nossa evolução dependerá cada vez mais de capacitação, inovação e produtividade.
Quem ganha com isso? Ganham os consumidores e os protagonistas mais competentes do mercado.
Quem ganha com isso? Ganham os consumidores e os protagonistas mais competentes do mercado.
Fonte: http://blogatuante.blogspot.com