sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Desafios de uma nova onda

                                                                                                                                                                                  A. Pinheiro - colaborador

                                                                                                                                                         
Faz bem pouco tempo notícias davam conta de que grandes construtoras de São Paulo estavam entrando no Paraná, a começar por Curitiba. Algumas gigantes de lá  fundiram-se com algumas grandes de cá.      

Por esses dias a mídia repercutiu a chegada de grandes imobiliárias paulistas em nossa capital.

Por certo, notícias assim podem estar tirando o sono de alguns, preocupados com mais concorrência. Mas o fato é que trata-se de uma tendência absolutamente normal, uma consequência do desenvolvimento econômico.

De um lado, é sabida a relativa saturação de megalópoles como São Paulo e Rio, onde o preço médio dos terrenos para grandes investimentos, confrontados com os custos da construção, a renda do comprador e seu potencial de endividamento, pressiona cada vez mais o nível de retorno da indústria da construção civil.

De outro lado, o crescimento econômico e demográfico de Curitiba, principalmente, resultando no incremento da construção civil e nos negócios do ramo imobiliário, atraiu para cá grandes empresas e investimentos crescentes.

É antigo na ciência econômica o conhecimento de que diferentes ramos de negócio tendem sempre para um nivelamento de seus respectivos índices de lucratividade, uma vez que o capital flui de um para outro à procura de melhores oportunidades de retorno lucrativo, acabando por equipará-los com determinada periodicidade. O mesmo ocorre entre diferentes ramos da indústria e entre diferentes regiões.

O que estamos vivenciando no Paraná é justamente esse fluir do capital, uma migração de investimentos da indústria da construção civil à procura de melhores oportunidades de investimento.

Parte do resultado dai decorrente, já estamos vendo com clareza: um grande aumento nos investimentos de capital em toda a cadeia de atividades do setor imobiliário e uma onda de valorização dos imóveis.

Não demorará muito ficará nítido um segundo momento, no qual viveremos o desenvolvimento de uma concorrência mais qualificada e o crescimento da demanda por uma diversidade de profissionais de nível crescentemente especializado, que teremos de formar e alocar ao nosso mercado.

Não há que temer, mas trabalhar e se preparar. A historia da economia mundial foi e continua a ser escrita por ondas de prosperidade, com intensidade e duração diferentes, aumentando produção, emprego, lucro e renda.

O desafio está lançado, e não temos como fugir a ele. Precisamos nos posicionar e dar braçadas firmes para subir na onda e ficar de pé. Nossa evolução dependerá cada vez mais de capacitação, inovação e produtividade.

Quem ganha com isso? Ganham os consumidores e os protagonistas mais competentes do mercado.


Fonte: http://blogatuante.blogspot.com

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Um toque feminino



                                                                                                                                                                                                            
Por Marivânia Rocha
                                                                                                                                                             O último censo mostrou ao país a nova cara da família brasileira. Um grande percentual de lares é provido por mulheres. Em outros tantos, a mulher participa em igualdade de condições com seu marido ou companheiro.

A mulher lançou-se com decisão ao mercado de trabalho, às salas de aula e ao comando da vida familiar, passando a desempenhar funções antes exclusivas dos homens.

Trata-se de uma profunda mudança social, que vem fazendo da antiga figura do pai - chefe e provedor da família uma coisa do passado.

Sem entrar em polêmicas sobre a batida tese da guerra entre os sexos, o fato é que os números sempre expressam a realidade e projetam possibilidades para o futuro. Lendo-os, podemos afimar que as relações entre os sexos são hoje bem mais democráticas que ontem, e que há ainda muito que fazer para o amanhã.

O mercado imobiliário, logicamente, vive essa mudança, como parte integrante da sociedade brasileira.

Já faz bastante tempo que a mulher brasileira atua no mercado imobiliário. Basta ver a proporção que ocupamos hoje, como corretoras e proprietárias de empresas em nosso ramo. Bem recentemente as mulheres vêm ocupando postos até nos canteiros de obra da construção civil.

Como compradoras e vendedoras de imóveis, é também crescente a quantidade e a qualidade das mulheres. E não poderia ser de outra forma, já que são também crescentes a renda e a qualificação da mulher no Brasil.

A prática sempre vem antes da teoria. O novo se apresenta sempre antes que se formule qualquer teoria a respeito. Assim também está ocorrendo com o mercado imobiliário. Mulheres comprando e vendendo imóveis é coisa cada vez mais comum. O mercado vai precisar se adaptar a essa nova realidade, tanto na concepção dos imóveis como no atendimento à nova clientela.

Não será o caso de se criar uma linha cor-de-rosa na construção de imóveis e no atendimento à nova clientela, mas é inegável que o gosto e a sensibilidade femininas passarão a falar mais alto.

Aquela antiga piadinha sobre a última palavra ser sempre do homem, dizendo "Sim, querida!" é mais que atual... passou a ser literal.

Estará melhor no mercado quem souber desenvolver a sensibilidade para melhor atender as mulheres deste século XXI.

Até breve




Leia também: Pitacos
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Fonte: http://blogatuante.blogspot.com








sábado, 5 de fevereiro de 2011

Enchendo linguiça?

A  poupança é o investimento mais tradicional, o preferido pelo brasileiro. Existem algumas explicações para o fato. Não tem burocracia, é livre de impostos até certo limite, é seguro, e pode-se sacar a qualquer momento para uma eventualidade.

Enfim, a velha caderneta de poupança é o investimento predileto do pequeno poupador, ou das pequenas poupanças. Do assalariado, do micro e pequeno empresários, e mesmo daqueles que têm mais recursos e preferem pulverizar uma certa bolada em bolos menores com rendimentos seguros. É assim.

E vai continuar assim. Mas como a economia é uma realidade complexa, nela cohabitam outras tendências. Entre elas, tão antiga e tradicional como andar pra frente, está o investimento em imóveis.

O brasileiro sempre investiu em imóvel, tradicionalmente. Nos últimos tempos, o que observamos é um grande incremento proporcionado pela queda do juro no financiamento habitacional e pela perspectiva de crescimento econômico sustentável. Era previsível, e felizmente vem se confirmando como realidade.

Cada vez mais a demanda pelo imóvel vem crescendo como a realização de uma poupança forçada. É aquela historia muito batida, mas sempre real: sem dívidas, sem compromissos, sem o que pagar no final do mês o dinheiro vira fumaça, ou como cantou o poeta, "...dinheiro na mão é vendaval..." Assim, muita gente tem apertado ligeiramente o cinto e comprado imóveis com financiamento ou mesmo parcelando o saldo direto com o construtor. Os números são dos sindicatos da construção civil, país a fora.

Inegavelmente esse tipo de aquisição de imóveis é uma espécie de poupança. E tem algumas vantagens sobre a velha caderneta e outras formas de investimento. Vamos a elas. 

Em primeiro lugar está a segurança. O imóvel pago, escriturado e registrado é seu. Ninguém toma. A valorização é contínua e sem risco.

Como já dissemos, é poupança forçada mesmo. Deixou de pagar a parcela, perde-se o imóvel, o que nos obriga a honrar o investimento todos os meses. Não tem aquela historia do deixa pra depois...

Ainda do ponto de vista da segurança, para o futuro, é a aposentadoria mais sólida que se pode fazer. Quem vive de renda de aluguéis pode sofrer um pouco com a inadimplência dos inquilinos, mas nunca perde o patrimônio, como na bolsa, no Dolar, etc.

Por fim, você pode usufruir daquele imóvel desocupado, na praia por exemplo. Pode aproveitar as férias ou dar apenas aquela esticada no feriado ou fim de semana... Já soube de alguém descansando e aproveitando o verão na bolsa de valores, ou no banco? Eu também não.

Agora, se você chegou até aqui na leitura e acha que estou apenas enchendo linguiça, tenho duas considerações finais a fazer.

Primeira: para encher literalmente linguiça é preciso um teto, um imóvel para armazenar e temperar a carne, beneficiar a tripa e encher linguiça de verdade.

Segunda: se estou aqui "enchendo linguiça" metaforicamente, é porque o mercado imobiliário me deu essa condição, fornecendo-me a renda e o tempo livre para escrever essas linhas, recomendando um dos investimentos mais antigos e sábios da historia.

Um grande abraço,


Marco Dias  

Fonte: http://blogatuante.blogspot.com